A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 26) começou ontem em Glasgow, reunindo mais de 190 líderes mundiais, com o objetivo de acelerar as ações para o alcance dos objetivos do Acordo de Paris e da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima. As principais organizações e personalidades da arquitetura estão participando da cúpula de duas semanas para mostrar o compromisso da indústria de AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) em reduzir as emissões de carbono e instigar as lideranças a implementar estratégias claras para atingir as metas climáticas globais.
Este ano, a conferência da mudança climática dedica um dia inteiro (11 de novembro) às Cidades, Regiões e Ambientes Construídos, trazendo a indústria de AEC em conversa direta com líderes mundiais no centro das negociações. Sessenta das maiores empresas de arquitetura, engenharia e construção do mundo, junto com algumas das organizações arquitetônicas mais importantes, assinaram o Comunicado COP26 1,5oC, uma carta aberta aos governos demonstrando seu compromisso em cumprir o Acordo de Paris e conclamando os governos a fazerem o mesmo. O comunicado é apoiado pela Union Internationale des Architectes (UIA), American Institute of Architects (AIA), RIBA e BIG, Arup, Perkins & Will, SOM, Studio Gang e Gensler estão entre os escritórios que assinam a carta aberta.
Estamos participando da COP para demonstrar que o ambiente construído está pronto e disposto a fazer as mudanças necessárias para permanecer dentro dos limites planetários - mas precisamos da ajuda do governo, não podemos fazer isso sozinhos. - Presidente do RIBA, Simon Allford.
Nas últimas três décadas, essas cúpulas globais trouxeram as mudanças climáticas para a vanguarda dos processos de tomada de decisão. Em 2015, a COP21 alcançou uma conquista significativa com o acordo para limitar o aquecimento global a valores abaixo de 2 graus Celsius e visar, de fato, 1,5 graus. A expectativa é que o evento deste ano tenha impacto semelhante, pois coincide com a atualização dos planos de redução de emissões pela primeira vez nos últimos cinco anos, conforme o Acordo de Paris. A cúpula pede aos líderes que estabeleçam metas alinhadas com o alcance líquido zero até 2050, acelerem a eliminação gradual do carvão, reduzam drasticamente o desmatamento e acelerem a mudança para energia renovável e veículos elétricos. Também visa convencer os tomadores de decisão a cumprir a promessa de levantar pelo menos 100 bilhões de dólares em financiamento climático a cada ano, para apoiar a transição sustentável em todo o mundo.